sábado

2012


AMIGOS(A), Desejo para todos vocês, Saúde, Paz, Amor e Dinheiro, que todos os nossos sonhos sejam verdades. Feliz Ano Novo, Feliz 2012.

domingo

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Que seja exaltado o dia que aquece a sombra
A chuva, que sacia o solo, restituindo á vida.

Que seja festejado, o retorno do filho pródigo
Nesse encontro de pai e filho, filha e mãe, da
Semente gerada pelo amor, de quem com esse
Sentimento se doou o fruto da vida.

Seja enaltecido, o despretensioso de coração, que tem
Devoção na vivência e não esquece suas origens.

Seja louvado as mentes sãs que não se deixa levar
Pela hipocrisia insana plantada em cada faceta.

Seja louvado, a mãe que no seu sexto sentido, sempre,
Cumpriu sua incumbência de amar e muitas vezes sem
Nada auferir.

Que seja sempre louvado, o lavrador, que pacientemente
Espera do céu o tempo bom, para germinar seus amores,
Ensinando seus filhos, respeitarem o ventre que o trouxe
A luz da vida, que suas mãos continue abençoadas pelo
Mesmo que consola seu coração.

Seja louvado, quem nada espera e muito faz, para o benefício
Do próximo, se desdobrando em doações, abrindo seus braços
Acolhendo entre os mesmos, todos quantos necessitar.

Que seja para sempre bem-vindo entre os de espíritos brando
E corações simples, todos quanto ao bem pratica, AMÉM

sexta-feira

Não percam, é já amanhã / Belíssimo Livro!





Lançamento do livro "Vazios da Escrita" de Ana Mascarenhas.

Prefácio de Miguel Real.

Apresentação a cargo de Sérgio Luís Carvalho.

Livro: Vazios da Escrita
Autora: Ana Mascarenhas

Data: Lançamento no dia 28 de Maio, 18:30
Local: Hotel Real Palácio, Rua Tomás Ribeiro 115, Lisboa


Sobre a Autora:

Ana Mascarenhas nasceu em Lisboa no mês e no ano em que o ser humano se destacou pela sua viagem à Lua, Julho de 1969.

Actualmente vive no concelho de Mafra, ao qual faz honras em viver junto do campo.
Pese embora o seu percurso profissional seja na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, área em que trabalha há cerca de 20 anos, o seu percurso académico pautou-se pela área das letras, estando actualmente no último ano da sua licenciatura, em Literatura. Porém, paralelamente ao seu percurso profissional, chegou a colaborar em artigos de Software de Gestão para a já extinta revista de informática, intitulada, “Cérebro”. Aqui, denotava-se já a sua tendência literária.

No ano 2009 e 2010 publicou os livros “Louca Sensatez” e “Em Carne Viva”, respectivamente, sendo ambos escritos em Prosa Poética e Poesia Narrativa. Ana Mascarenhas sendo uma pessoa normal e comum, é igualmente um ser único e singular. Normal e comum por ser humana, único e singular por ser “eu”, a Ana
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segunda-feira

O Espelho


O espelho espreita-me
É confuso o que vejo.
Não me desvendo,
Permaneço recluso.

Em mim coabitam
Cidades desertas
Praças e jardins
Solitários.

Diante do espelho esta
O reflexo. É incómodo.
Estou nu, sim! Nu. E esta
Nudez não é silenciosa.

Passos inquietos meu mundo
Esta em guerra. Cada vez que
Deparo com espelho, a cidade
Fecha, agita e quer viver, mas
Não há forças.

O espelho e o reflexo
O reflexo e o meu mundo
E eu? Nu! diante das cidades
Desabitadas.

Debruço-me sobre os fragmentos
Na esperança de junta-los e
Devolver-me. Mas o reflexo do
Espelho se desfaz. Despido das
Mascaras encaro-me. Já não há nudez.

A serenidade que se avizinha fez as minhas
Lágrimas desaguar no mar, já não há medo
Nem insegurança, reencontro meu olhar,
Sem mascaras, perdi o reflexo.

quinta-feira

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Sentado a beira do lago, a vida passa,
O tempo cessa e a espera desespera.
O reflexo brilha pela fresta que penetra
Intimamente nas minhas entranhas.

A beira do tempo tem os girassóis que
Embeleza o lago, exalando seu cheiro
Pelas turvas águas da vida.

Corro pela planície que no reflexo do
Espelho passa, meu passado e futuro.
Bebo e trago esse presente. E que
Ninguém me abandone em plena solidão.

Metade do tempo, sou espera e, outra
Metade, desalento e cansaço. Caminho
Numa urgência de quem muda o mundo
Através de um único passo.

Sou caminhante imperfeito, que aperfeiçoa
Sua busca a cada sonho realizado. E é nesse
Encontro de sombra e cinza que me refaço
Renascendo dia após dias.

domingo

FELIZ DIA DAS MÃES


Mãe!

Cheiro suave que perfuma nosso
Horizonte aonde quer que estejamos.
Luz que ilumina nossos caminhos,
Afugentando a solidão.

Ama e perdoa sempre com doçura
Acolhendo no seio familiar todos
Aqueles que sejam desabrigados.

Apascenta os seus, mas também os
Que não o são, sempre com o amor e
Carinho. No seu lar, sobre a mesa,
Alimenta todos quantos nela se sentar.

Suas súplicas chegam á Deus de forma
Singela, com cheiro suave, fazendo com
Que Deus inclina seus ouvidos e com
Urgência acolhe seus pedidos.

Seus braços abraçam o filho perfeito,
E estendidos alcançam também o filho
Pródigo. Nas suas lágrimas, está a sua
Fortaleza, através desta rocha, o mundo
Se redimi das suas más acções.

Paz, amor, união, graciosidade são as matérias
Que te representam, sua presença é feita de pequenos
Milhares de afectos que se espalham pelo solo que
Te recebe.

Á você mulher, avó, mãe, tia, irmã, filha,
Cunhada, ou simplesmente menina-mulher
Aqui deixo a minha eterna gratidão.

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Eu canto primavera no verão
Povoando o chão que me vê
Chorar, sorrir e amar.

Entre o balançar de alto abaixo
Desse vento que chega, sem
Passado, nem futuro.

Relembrando-me as saudades de ti.
Seus sussurros são silêncios que abrigo.

quinta-feira

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“…Dedilhei salgueiros á beira-rio,
Bailei com margaridas embriagadas,
Entrelaçando pétalas pelo céu, de
Começos e recomeços, na imensidão
Do mar de amar...”

terça-feira

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I

Há palavras que fazem imenso barulho
Atormentando o coração, rompendo
Toda serenidade de outrora.

Estas transformam um simples hiato
Da vida, numa eterna incompletude
De nexos sem vida e respostas meias.
Meias vivas, meias mortas, vastas de
Inexistência.

II

Já não tenho prece, minhas horas
Estão descaídas, sigo o farol do cais
Onde atracam plebeus como eu em
Busca de refúgios.

Ó Deus perdi minha turra, quem me
Transmitirá paz para meus infortúnios […]

domingo

O TOLO APRENDIZ


Último capítulo ( sem revisão )


No último mês quase não nos falávamos, limitávamos a trocar acusações e pela sua última carta ela sabia que eu corria o risco de perder o seu amor, mas mesmo assim deixou-me alguma esperança caso mudasse de atitude, escreveu; “ meu amor se tudo não terminar bem e por algum motivo, eu, partir e você ficar, haverá sempre um lugar no mundo aonde podemos nos encontrar, anota este endereço, uma vez por mês eu vou vir sempre aqui (casa da minha avó Célia) se quiser me encontrar, lá estarei ”.

III

Passei os dois dias seguinte contactando os seus familiares para saber que dia Zica estaria na casa da avó Célia, ninguém soube me dizer, Zica desde que partira nunca mais ligou, - Escreveu uma a carta a dizer que em Aracaju fazia um calor infernal e que Arnaldo nunca estava em casa, andava sempre em viagem e sentia-se sozinha.

Decidi esperar pelo fim do mês e partir para o interior para casa da sua avó Célia.

Cheguei em Goiânia no primeiro voo, as dez e quarenta e cinco, aluguei um carro no aeroporto mesmo. Sua avó morava há cinquenta e cinco quilómetros da capital de Goiânia na cidade de Anápolis, aluguei o carro para três dias, de sexta-feira ate na segunda-feira, se não conseguisse nada nesses três dias regressava na esperança de ter colocado um ponto final no capitulo Zica, por mais que me entediava pensar por demais nela, era também verdade que eu só pensava nela, por ter descoberto o quanto amava, do meu jeito. Se por um acaso descobrisse por onde ela andasse estava disposto a mudar e, ate mesmo casar como Zica sempre quis e sempre recusei. No papel de fato e ela com vestido de noiva e tudo. Com todos as suas esquisitices queria ela de volta, se fosse preciso estava disposto a toma-la á força, brigar mesmo de dar murros e ponta pés, era obvio que quem ia sair perdendo era eu, nunca dei conta de matar nem uma barata quanto mais agredir alguém.

Quarenta minutos depois estava eu em Anápolis, quando cheguei na casa da sua avó estacionei em frente e esperei que alguém saísse e assim chamava e me apresentava, sempre achei uma falta de educação ir tocando a campainha das pessoas sem que anunciasse a vinda ou fosse convidado. Meia hora depois ninguém saiu, minha única hipótese era mesmo bater-lhe a porta e assim fiz. Abriu-me dona Célia, pelas fotos que havia visto conhecia sua face, estatura baixa, de elevado peso, cabelos sempre apanhado, brancos como a neve, ar afável, sorriso grandioso e uma expressão doce, seus óculos me parecia de duas épocas anteriores, cumprimentei-a, disse-lhe quem era e aqui propósito estava lá, seca, fria e muita directa disse-me que sabia bem quem eu era, apesar de parecer um pouco mais velho, com ar de quem não estava nada bem, mas que o melhor então era que eu procurasse um hotel na cidade e, se houvesse alguma novidade nos dias que ia ficar por lá ela mandava me avisar. Por momentos pensei em dizer umas poucas e boas para ela, mas me contive, sorri e disse-lhe que não era bem o que estava a espera.

- Não?

Não.

- Esperava que eu pagasse sua estadia no hotel?

Oh…não, senhora Célia, isso não. Mas que me convidasse a ficar em sua casa, para conversarmos sobre Zica, ou mesmo se ela viesse a ligar assim poderia falar com ela ou pegar o seu endereço e assim ir ter com ela, qualquer coisa que me pudesse voltar estar em contacto com ela, assim atenuava todo esse meu desassossego.

- De jeito nenhum, hoje em dia já ninguém faz isso meu filho, mas é que nem a familiares, não me leve a mal, mas aqui já há muita gente a dormir e comer de graça. Eu não sei de Zica, aquela vinha sempre me ver todo mês, mas já tem algum tempo que não aparece, há tempos minha sobrinha disse-me que ela estava para vir, mas ate hoje nada.

Só morava na casa, ela e uma sobrinha donzela de quarenta e três anos, que pelos breves momentos que vi, aquilo tinha ate bigode para não dizer mas nada. Peguei-lhe o telefone e segui para procurar um hotel, com vontade de abandonar a cidade naquele momento mesmo, mas o que me levou ate lá foi tentar encontrar a mulher que amava.

IV

No segundo dia quando sai para caminhar pela cidade não para conhecer a cidade porque nada ali me atraia, mas para esticar as pernas mesmo, quando regressei havia um recado para eu ir ate a casa de dona Célia. Imediatamente tomei um banho e segui para lá, quando lá cheguei estavam a minha espera, dona Célia e sua sobrinha, Zica havia ligado naquela manhã e deixou seu contacto para que ligasse. Retornei ao hotel com um único pensamento, convencer Zica a voltar. Coração acelerado, boca seca, mãos tremulas, aquele arrogante havia ficado em algum lugar que nunca voltei para busca-lo, o amor tem poder de transformar completamente uma pessoa, basta que esteja aberto para que isso aconteça e durante anos não estive, foi preciso perder alguém para reconhecer que só, não somos nada e, mesmo juntos, é preciso trabalhar em tempo integral para que o exercício do bem funcione melhor e, que outro e nós, sintamos amados. Completamente emocionado tirei o telefone do gancho e os primeiros barulhos anterior a chamada entrar em linha me fez regressar por breves segundos a tudo aquilo que sujeitei-a, confesso, ter a consciência da sua própria arrogância é ver o desconstruir de um Ser humano…

- Alô, quem fala?!

Zica, Zica, é o Godofredo.

- Hum!

Esta tudo bem com você?! Tenho te procurado, pensado em nós, Zica.

- Que bom, fico feliz que você tenha reflectido sobre o que aconteceu.

Você esta feliz?! Sente-se amada, respeitada?!

- Sabe Godofredo, tive que aprender lidar com esses novos sentimentos, quando conheci Arnaldo e ele começou a demonstrar seu amor por mim não conseguia acreditar por tudo que havia vivido na relação anterior, minha auto-estima havia deixado de existir, mas graças a Deus o Arnaldo teve muita paciência comigo e hoje vivemos uma relação saudável, baseada no respeito que um nutre pelo outro. Descobri que apenas amar não me assegura uma relação, que é preciso antes de mais haver respeito, limites, então mas do que tudo hoje, eu exijo respeito para que alguém esteja na minha vida. Estou feliz Godofredo.

Que bom, que bom, Zica. E eu também descobri muitas coisas depois da sua partida. Que se eu não respeitar outro, esse outro, irei perde-lo para sempre, também descobri que te amo e corri na esperança de te encontrar ainda me amando, mas veja como só amar não resolve, o respeito com que não te tratei impede de você voltar para mim, a vida é justa não é, Zica?

- Não sei se é, Godofredo. Mas fico feliz com as suas palavras, te desejo sorte e que encontres alguém que te ama e, se algum dia encontrar, trata-a de forma que jamais queira ir embora.

Foi com gosto de perca regressei para casa, nunca antes tinha sentido tal, é amargo e não passa com o passar do tempo, fica lá. Basta uma música para reavivar, basta um cheiro para relembrar e, é nestas lembranças que constantemente recaímos. Mais tarde quando cheguei em casa, meu vizinho veio logo ter comigo e, me disse que numa manhã, foi levar a comida para o cão e encontrou-o morto de semblante triste, descaído debaixo do pé de acerola, meu coração sangrou ao ouvir aquelas palavras, eu com a minha prepotência perdi na vida e, matei, no meu coração duas das coisas que mais amava na vida. Meu cão (mauro) e minha mulher (Zica) por não compreender as necessidades dos outros.

Fim.

OBRIGADO Á TODOS