sexta-feira

O TOLO APRENDIZ


Capitulo nº1-(nu e cru, sem revisão)

Foi ontem. Sem-motivos, sem razões, pensei em você. Por alguns instantes pensei em enviar-te uma mensagem, ligar-te ou mesmo ir ter contigo, mas o meu sentido de superioridade não deixou, insistiu, que se fosse estava admitindo que eu precisava de você, então nada fiz porque meu ego era que comandava as minhas acções. Quando chego a conclusão de que gosto de alguém, também descortino que tenho o dom de perde-los, afasta-los de mim. Para que isso aconteça basta que aproximo-me deles, talvez nem seja um dom, porque normalmente essa palavra “ Dom” se refere há algo de bom e nunca associado a algo deprimente, como estar em negação. Mas que isso importa, se quando o que é mais importante já aconteceu, que é perde-los. Meu único amigo que ate hoje não partiu foi meu cão. Zica, minha ultima amante, namorada, mulher, dizia-me que (mauro, meu cachorro) nunca partira porque nunca lhe ensinei o caminho de saída. Retruco-a logo, com um « «vai a merda sua bruxa»» mas parece que essas minhas ironias para ela não faz ou não têm nenhum efeito. Ô mulherzinha difícil.

No fundo ela tem alguma razão. Nunca ensinei mauro o caminho da porta, mantenho ele sempre fechado no quintal, seus passeios são sempre noturnos. Quem é que pode confiar na noite?! Pois…nem mesmo os cães confiam e, talvez por isso mauro jamais partira. Mas estou-me nas tintas, um sujeito como eu não precisa perder tempo com as necessidades de um cão, ele é meu, ponto e basta. Ora essa. Tenho com que mais me preocupar. Por exemplo aonde vou passar as próximas ferias, os novos e modernos móveis para decorar a sala nova e as plantas que quero colocar no jardim de inverno. Comprar roupas novas, porque com ida ao ginásio atingi meu objectivo que era perder dois quilos, agora estou como queria estar, com um metro e noventa, corpo bem formado, no auge dos meus trinta anos e com uma cor de pele que nunca é preciso ir a praia, nasci abençoado por Deus com a minha beleza, moreno índio, cabelo preto, e pele morena de dar inveja, se não fosse uma pessoa “modesta” podia falar um pouco mais de mim, mas tempo para mim é dinheiro. Por isso perder tempo com insignificâncias como Mauro ou Zica, esta fora dos meus planos.

Mandei Zica embora, não tolerava aquela mulher de auto-estima elevada ficar o tempo todo me controlando, parecia que eu era bipolar. Depois que Zica foi embora nunca mais fui o mesmo, a casa, o mauro, meu sossego, tudo mudou, e hoje acabei por pensar nessa ingrata, sim ingrata. Aonde já se viu uma pessoa decidir abandonar a outra só porque a outra disse que estava farta, Zica só ouviu eu dizer isso uma única vez e lá se foi, como se fosse dona do seu próprio destino, mas que raio de decisão foi esta? E os anos que vivemos juntos? Com esse tempo todo já não sei cozinhar, passar, lavar. E agora? Não me entendo com a máquina de lavar, é um tal de põe a 20ºc ou sabão sem isso e aquilo o raio da besta arranca como se estivesse numa corrida de cavalos. Ate a máquina clama por Zica. Estou em negação mas de que isso me serve?!

Acordei com o propósito de trazer Zica pra casa, depois desses quase um ano.

Logo que cheguei no bairro dela, vi logo que aquilo era mesmo coisa de gente pobre, uma feira armada no meio da avenida principal, barracas de pastel, legumes, frutas e gente perambulando para cima e para baixo, uns com sacos nas mãos, outros com as mãos no bolso, de chinelos havaianas, homens de bermudas e, mulheres grávidas outras não. A cena era mesmo típica de bairro. Logo ai enervei com a plebe, mas me contive, (não percam o segundo capitulo…)

Sem comentários:

Enviar um comentário

"...Um dia vi em mim um sorriso nunca visto antes. era minha essência, roubando minha aparência e tomando finalmente seu lugar de volta..."

Obrigado pelo seu comentário,
VOLTE SEMPRE!!!

OBRIGADO Á TODOS