sábado

O TOLO APRENDIZ


CAPITULO Nº 2. (continua sem revisão)

Era preciso demonstrar humildade em pé de igualdade porque pobre é sensível, se desconfiam que estou armado em diferente sou expulso do bairro, é porque eles pensam que ate o bairro é deles, só não percebem é que estão confinados nesses guetos. Parei na frente da casa de sua mãe e estava sentado no banco da calçada seu sobrinho, de calça vermelha, ténis amarelo com listas verdes que mas parecia a bandeira brasileira que já ninguém importa também, camisa marrom terra e boné a pinguim de cor preta, mascava chicletes como uma vaca comendo grama, quem tolera esses adolescentes. Sempre falei bem com o miúdo desde que isso sempre partisse dele. Chama-se Paulo Sérgio na família todos tratavam por Paulinho, muitas vezes pareciam lá por casa para jogar vídeo game, nunca gostei do seu silêncio infindável, chegava dava dois beijinhos a Zica e para mim quase nunca nem olhava, enquanto eu não lançava um olhar fulminante para Zica para lembrar que o dono da casa era eu, só assim ela dizia.

– Paulinho cumprimento o chato do teu tio porque senão é capaz de nem deixar chegar perto do vídeo game, esbracejava ela. E lá o sonso do miúdo me dizia um olá que o bater das asas de uma mosca silencia seu cumprimento, Paulinho era um poço de sensibilidade, uma vez disse que não podia jogar vídeo game porque eu estava a ver futebol e não ia sair da televisão para que ele jogasse, o inútil do menino vou dizer para família toda que já não queria ir em casa porque eu não deixava ele nem aproximar do vídeo game, imprestável. Perguntei-lhe pela sua tia, Zica. Sem olhar para mim, estava cabeça baixa, por lá se deixou ficar, com uma voz distante, fria, respondeu-me que sua tia havia casado e mudado para outro estado. Insisti na conversa, perguntei-lhe quando foi que ela havia casado, quando teria ido embora. Disse-me que no dia anterior.

No dia anterior, Paulinho?

- Sim.

Como assim, sim?

- Porra como você é chato, só há uma forma de casar. Arruma alguém vai ate o cartório e casa. Pensei que você soubesse disso, tem sempre a mania de ser esperto e não sabe como as pessoas casam?

Não é isso, seu idiota e vê lá se não choras ok?! Quando disse como assim, estava indagando como foi? Quem é essa pessoa? Há quanto tempo namoravam?! Mas você parece que gosta muito dessa pessoa, não é?! Já ate o defende, deve ser mesmo alguém muito especial. Enfim…

- Agora é tarde lamentar e tentar que outros são culpados pela sua arrogância. Se gosto ou não o que isso te interessa?! Ou vais agora tornar-te meu amiguinho, hã? Poupe-me. Ontem de manhã se você tivesse chegado aqui a resposta era outra, completamente outra, talvez ao alcance de um grito.

Como assim, Paulinho, ao alcance de um grito?

- Ela conheceu ele ontem.

Não! (com as duas mãos na cabeça sentei no banco ao lado dele). Ela conheceu ele ontem, casou e mudou de estado, mas que grande sorte a minha, Paulinho?

- É verdade, ela te esperou, achou que você ia aparecer e leva-la de volta. Este Homem que levou ela é vendedor de uma empresa atacadista, nem deve ser boa coisa, mora em Aracaju – SE. Viu ela no super-mercado trabalhando, quando foi fazer as folgas da tia Margarida (Margarida trabalhava no maior super-mercado da cidade). Viu ela e desde esse dia não a deixou mais em paz, pediu-a em casamento. De tanto insistir um dia disse-lhe, se ate o dia dez desse mês você não viesse buscar ela, ia embora com ele. E foi, você não apareceu e ela aceitou o pedido de casamento dele. É a vida.

II

Acordei pensando, sentido a falta da ingrata da minha esposa, ou ex esposa. Se eu fosse um pouco mas crente em qualquer coisa, hoje não estava nessa indecência de ficar comprando pizza, não se naquele dia tivesse dado ouvido aos meus sentimentos, mas preferi ouvir minha vaidade e hoje essa mesma vaidade não me serve de nada, já pus a venda, mas ninguém compra ego inflamado, cheio de nada e em completa solidão. Normalmente as pessoas compram ego recém nascidos, ainda sem uso, por exemplo quando conhecem seus parceiros, tudo é permitido, bonito, atraente, ninguém liga para as bobagens do outro porque tudo é novidade. Mas se eu estivesse pisado na minha prepotência hoje não estava chorando abraçado com um cão, certamente estava discutindo sobre as conversas sem nexo da Zica, mas só hoje descobri o tanto que as suas conversas imprestáveis eram boas, hoje como nunca senti a sua falta. Descobri que nunca estive disponível para ninguém para alem da minha própria barriga e hoje essa mesma barriga rejeita minha disponibilidade, recusa alimentar as minhas insipiências calou-se entrou de greve, morri e não sei quem vai no meu funeral, o mauro não sabe onde deixo a chave, eu sou chave.

Zica acabou por encontrar quem lhe dava amor, cheguei em casa abracei com mauro, nunca havia gostado tanto de cão como passei adorar mauro depois que Zica partiu, uma tarde estava aborrecido, entediado com a vida pensava mesmo numa forma de doar o cão para um abrigo e dar um fim na minha vida, comecei lamentar a vida para o mauro, mauro abandonou o rabo, veio e, pôs se ao meu lado, levantei da cadeira que estava e sentei-me ao lado dele, abracei-o e chorei minhas magoas pra ele, enquanto enxugava as lágrimas mauro saiu em direcção o quarto de dispensa pôs se aos latidos em frente da porta ate que fui abri-la. Abri-a e ele entrou, revirou as caixas e no fundo de uma prateleira estava uma pequena caixa que nunca por lá tinha a visto, quando vi, mauro parou de gritar naquele instante, lá dentro havia uma chave algumas cartas, era de Zica endereçadas a mim, foi através dessas cartas que descobri que cada vez que brigava, discutia com ela, tudo aquilo que eu não dava oportunidades dela me dizer, ela escrevia, em muitas delas estavam escrito apenas pequenas frases assim; “ você me magoa pensando que vou desistir de você, não vou, eu sei que você não é assim, tão mal quanto quer parecer ” outras dizia; “ hoje você me magoou profundamente quando se recusou me ouvir, mas não vou abrir mão da nossa história ”.

( Em breve vem ai o próximo capitulo, aguardem!!!)

Sem comentários:

Enviar um comentário

"...Um dia vi em mim um sorriso nunca visto antes. era minha essência, roubando minha aparência e tomando finalmente seu lugar de volta..."

Obrigado pelo seu comentário,
VOLTE SEMPRE!!!

OBRIGADO Á TODOS