segunda-feira
O Espelho
O espelho espreita-me
É confuso o que vejo.
Não me desvendo,
Permaneço recluso.
Em mim coabitam
Cidades desertas
Praças e jardins
Solitários.
Diante do espelho esta
O reflexo. É incómodo.
Estou nu, sim! Nu. E esta
Nudez não é silenciosa.
Passos inquietos meu mundo
Esta em guerra. Cada vez que
Deparo com espelho, a cidade
Fecha, agita e quer viver, mas
Não há forças.
O espelho e o reflexo
O reflexo e o meu mundo
E eu? Nu! diante das cidades
Desabitadas.
Debruço-me sobre os fragmentos
Na esperança de junta-los e
Devolver-me. Mas o reflexo do
Espelho se desfaz. Despido das
Mascaras encaro-me. Já não há nudez.
A serenidade que se avizinha fez as minhas
Lágrimas desaguar no mar, já não há medo
Nem insegurança, reencontro meu olhar,
Sem mascaras, perdi o reflexo.
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"...Um dia vi em mim um sorriso nunca visto antes. era minha essência, roubando minha aparência e tomando finalmente seu lugar de volta..."
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