sábado
AINDA A COR DA PELE INCOMODA
Quando a cor da minha pele
Chega primeiro do que eu.
Você me nega olhar nos
Meus olhos.
O sistema, nega-me o direito
Que me pertence e a sociedade
Silencia remetendo-me de volta
A segregação.
Sem ofício, experiência e
Trabalho, cobram-me falta
De socialização e, demitem-me.
Negando-me o direito de exercer
O que tanto me faz precisão, á inclusão
De socializar-me. Desiludido
Refúgio na solidão.
E nessa opacidade que devasta o
Coração e, faz dilacerar as entranhas
Já não há sonho. Alma esta em cárcere.
Com os pés calejados, já não se movem.
De olhos vedados e mãos atadas
Amargo a opressão da negatividade
Contra a pele que de herança auferi.